07/10/2010

Aquele que ressucita no terceiro ato


Essa parte da história as coisas ficaram bem mais certeiras. Saímos relativamente cedo de Sorocaba pra chegar a Limeira num horário confortável. E no Kingston não tava pra menos, chegamos por volta das dez da noite, e havia uma grande movimentação de pessoas ao redor do bar. No buteco da esquina a galera se aglomerava e o tiozinho la ficava até perdido.

Então começam as bandas, não me lembro o nome de todas, eram bandas covers, com suas produções bastante eficientes, músicos precisos, mas não me ligo muito nessa maneira de se comunicar, embora sempre rolava uns covers bem legais do agrado, mas o que restou foi: AQUELA CERVEJA TRINCANDO A DOIS E CINQUENTA!!! Pronto, era o paraíso pra gente que tava com grana contada até pro pão com mortadela. Entortamo o zóio!!! Bebemos tanta cerveja, ficamos perambulando e trocando idéias com algumas pessoas, tinha dois caras que tavam fazendo uma arte na parede do Kingston, a galera das bandas conversando.E ai chega a hora de ir buscar as coisas no carro. Subimos, e começamos a tocar, entregues, com medo do exu, ainda mais raivozo, rsrs..., mas o exu não havia comparecido dessa vez, ou então ficou com a mina que tava bem atrapaiada la do lado de fora. Hehehe... Foi o show mais bonito que fizemos, acho que até mais bonito que o show do Bordello em BH, sem um erro sequer, uma execução linda nas músicas, o show que gostaríamos que todas as pessoas que viram nossos shows até agora, vissem. Uma energia da nossa parte muito empolgante, é estranho falar do próprio rabo, mas quem leu os dois últimos textos, sobre Mogi e Bragança, sabe que o baguio tava tenso. E o publico?! Empolgado, dançando, batendo cabeça, pulando e gritando, senti cerveja cair em mim, nem precisa falar da sensação de ritual dionisíaca que senti essa hora, ai foi festa e coisa linda de meu deus! Terminamos o show, com o tiosinho que cuidava da banda que viria em seguida dizendo: olha isso! Isso não é coisa que se faz! Tão tudo loko! Etc... Não consegui ouvir tudo, tinha que desmontar o palco pros caras entrarem, e o palco tiinha bastante coisa espalhada. Mas foi coisa linda, nenhum exu, nenhum pau com pedal, o toba saiu de cena lembra?! Nenhum impecilio na batera ou baixo. Tudo em harmonia! E duas subgraves na frente do palco pra deixar a coisa mais demoníaca ainda. Lavamos a alma com um show lazarento de bom. Estávamos precisando! Ai a galera veio conversar com a gente, um guri usando camiseta do The Doors, o outro usando camiseta do mukeka di rato... ate o Charuto, baixista do DZK veio trocar um proceder também, puta honra! Então, pede mais uma cerveja. Comemos e então: OLHA O CÉU AQUI FORA, o Heraldo xeretando o lado de fora do bar. ERA DIA JÁ! Chegamos em Sorocaba, as oito e pouco da manhã!!!
E as fotos se perderam, então decidi por o texto assim mesmo.
Kibooommm...

Um comentário:

carloz disse...

Oi Rike, legal a descrição, gostei, que acha de escrever uma coluna no Essencial ? Coisa curta e com liberdade, e claro, com a temática que convier a você. Abraços.