31/08/2010

A estrada... [todo mundo é um barato]

A estrada lhe mostra coisas incríveis, paisagens belas, a geografia que se modifica conforme tu avanças, o estouro sonoro do palpitar no peito ansioso pelo nunca ainda visto por você. As cores, os cheiros, as pessoas, o mundo se torna outro a cada centimetro...

Durante essas viagens que estamos fazendo para a divulgação do disco A caixa do Macaco, diversas coisas têm acontecido conosco e pelo caminho. Temos passado perrengue, temos conhecido muitas pessoas bacanas, pessoas diversas, loucos por natureza (leia-se loucos em excência apenas, não leia pessoas absurdas sem respeito pelo próximo), comidas boas, diferentes, lugares unicos, é uma alegria só por o pé na estrada, mais um ponto pra Jack Kerouack e seu On the road. Na viagem de dez dias no sul, conhecemos tanta gente bacana, teve o Titi que nos hospedou na casa dele, junto também hospedou a Karen, que também estava colocando o pé na estrada, o seu Dudão e a dona Dudona que sempre nos recebeu muito bem em Criciuma, a galera do Liege (Loomer) e o Andrio (Superguidis) em Porto Alegre que nos fez um arroz carreteiro maravilhoso, e com isso aprendemos mais uma pras nossas viagens. Teve a galera do Holger, que são conterraneos geograficamente, mas conhecemos os figuras com muitos mais kilometros de distância. Em Esteio teve o pessoal dos coletivos que se uniu pra montar o festival Metro Rock com bandas diversas, e ficamos Hospedados na casa do Jason, que nos tratou de forma calorosa naquele frio ardente sulista. A receptividade e calor humano na sua excencia mais bela. Ja to me esquecendo da galera do Curupira (nação Curupira, veja foto), e o famoso banaeira com suas artemanhas, esse momento eu sempre me encho de lágrimas ao lembrar. O pessoal de Curitiba que conversou com a gente depois do show curtindo o nosso som. E assim foi até a nosso retorno pra Sorocaba. recebendo das pessoas o que elas tinham de melhor pra nos oferecer, é emocionante a estrada, lhes confesso mais uma vez.



Alguns dias depois fomos a Minas Gerais, mais especificamente a Poços de Caldas, fizemos um show com uma galera pra la de diversa também. E conhecemos o Pedro e o Diego, que tocam na mesma banda e são vizinhos e fazem parte do Coletivo Corrente Cultural também, galera do bem, que te recebe de braços abertos, que troca idéia, que comove você no habitat desconhecido e tenta te deixar o mais confortável possível dentro disso tudo que lhe é novo. Tanto um quanto o outro, tanto um lugar quanto o outro, todo mundo nos quer lhe dar o melhor, você de repente sente a vontade de não voltar mais pra casa, a novidade lhe enche os olhos, o belo volta a brilhar diante de tudo aquilo ali, e a vontade de abraçar o mundo e dar um beijo em sua bochecha bem gorda só aumenta. A estrada vem nos dando isso o tempo todo. E nesse fim de semana não foi diferente, só que a peripécia se deu em Belo Horizonte (lê-se Bel'orizon), e quem nos fez o afago da estrada dessa vez foi nosso amigo Jubão que faz uma caralhada de coisas por la e também toca na Curved, banda que dividiu o show conosco no bar A obra. E ainda nos apresentou sua vó a dona Izolina que tem uma simpatia e cuidado com o próximo que da vontade de que ela seja a vó da gente também, eu me senti meio neto confesso, conversou comigo (rike) e com o ferraz, contou como se deu sua vinda ao Brasil, ela é nascida na Itália. Um xodó puro. E teve também a Mari, a namorada dele, que passou um dia todo conosco dividindo piadas conosco, nos mostrando BH numa tarde de sábado durante um evento pelo centro de BH, era festa de dez anos de um dos bares que fez muita coisa pela cena artistica de BH, o Matriz. conhecemos bastante pessoas nesse dia também.

Bem, eu não sei em que ordem escrever, os acontecimentos atropelam as pessoas, as pessoas atropelam os acontecimentos,e eu vou recebendo isso de forma muito cheia dentro de mim, não sei por onde começar. Queria contar que dessa vez levamos um fogareiro e comemos arroz tropeiro na calçada de BH quando chegamos na cidade, queria contar do bar onde ficamos tomando cerveja, queria dizer que os gays em BH me pareceram mais naturais que os que estou acostumado, queria dizer dos Ypês amarelos e roxos que me encantaram durante a ida e volta, eu queria dizer tanta coisa que eu vi e vivi até o presente momento, mas eu só consigo rascunhar um breve relato meio agradecimento, meio reviver toda essa emoção, meio não deixar passar em branco tudo aquilo que me faz brilhar os olhos. Algumas coisas eu filmei, outras fotografei, algumas registrei só com os olhos, outras eu apenas senti, e queria dividir tudo isso com as pessoas, mas a unica coisa que digo é: coloquem os pés na estrada galera!

Como disse meu muso inspirador Neal Cassady (Dean Moriarty em On the Road, de Jack Kerouack): Todo mundo é um barato!!!

To devendo alguns videos e algumas fotos, mas a demanda de coisas pra fazer está grande, e to tentando dar conta de tudo. Até atenção pros amigos! essa semana ja mando um monte de coisas pra vocês. hehehe...

Rike.

2 comentários:

Jubão disse...

Pessoal, a pronúncia certa é "Belzonti"!!!
Abs

Mari MoO disse...

Puxa vida, fico lisongeada por ter feito parte de tudo isso!
No mais, só tenho a agradecer a vocês pela simpatia, música do caralho, pela companhia e pelos chocolates!
Foi um prazer recebe-los aqui em BH e as portas estarão abertas pra quando quiserem voltar, serão sempre bem vindos!
Torço para que o som de vocês ultrapassem fronteiras, pois vocês são DUCARALEO!
Boa sorte, vida longa e sucesso!

Beijocas mineiras da Mari! =)